Por: Jane Mery Richter Voigt
A leitura dos textos sobre educação não formal e educação patrimonial provocaram reflexões sobre as relações, ou melhor sobre o meio e as vivências, de acordo com Vigotski, que a escola de educação básica proporciona ou pode proporcionar aos estudantes.
Quando Gohn (2006, p. 29) conceitua a educação não formal e a educação formal ela desta que:
Na educação formal, entre outros objetivos destacam-se os relativos ao ensino e aprendizagem de conteúdos historicamente sistematizados, normatizados por leis, dentre os quais destacam-se o de formar o indivíduo como um cidadão ativo, desenvolver habilidades e competências várias, desenvolver a criatividade, percepção, motricidade etc. A educação informal socializa os indivíduos, desenvolve hábitos, atitudes, comportamentos, modos de pensar e de se expressar no uso da linguagem, segundo valores e crenças de grupos que se frequenta ou que pertence por herança, desde o nascimento.
Para relacionar a educação formal e a não formal, pode-se citar uma ação que ocorre em nossa região, o “Projeto Viva Ciranda”, promovido pela Fundação Turística de Joinville, em parceria com a Secretaria de Educação de Joinville que tem como objetivo mostrar, para crianças e adolescentes, o modo de vida no campo. Por meio desse projeto é possível conhecer lugares da área rural como a Estrada Bonita, o Apiário Pfau e muitos outros. São espaços de educação não formal em que se pode ter contato com a natureza, conhecer o patrimônio cultural e ambiental da nossa região. Atividades como as desse projeto, se não estiverem articulados com as atividades da escola formal, talvez não sejam frequentados pelas crianças e adolescentes.
As atividades do projeto citado proporcionam a valorização da cultura local, o que é corroborado por Queiroz (2004), ao afirmar que atividades como a observação do próprio entorno leva a valorização de costumes locais e dessa forma os indivíduos passam a preservar o patrimônio, pois ao estabelecer vínculos, nesse caso, no processo educacional, haverá uma nova postura e novos valores diante do patrimônio cultural e ambiental. É importante lembrar de que “a postura que tomamos diante do ambiente em que interagimos transforma-o, propiciando nossa própria transformação” (QUEIROZ, 2004, s/p).
Sabemos que há muitos outros espaços de educação não formal em nossa cidade, mas é importante destacar que o papel da escola formal é fundamental nessa relação, permitindo ao estudante o acesso e o desenvolvimento de atividades relacionadas ao patrimônio cultural e de preservação ambiental. Os pontos destacados nos levam refletir também sobre o quanto as políticas públicas de educação tem se preocupado em enriquecer as vivências dos estudantes proporcionando e dando condições para que possam ter contato com ambientes de educação informal.
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